Ômicron: Israel vai fechar fronteiras por 14 dias após mais países confirmarem casos da nova variante do coronavírus

29/11/2021

Ilustração de uma fita de DNA

Cientistas investigam o DNA de pessoas que, mesmo expostas, não foram infectadas pelo coronavírus

A nova variante do coronavírus detectada originalmente na África do Sul e agora batizada de ômicron acendeu o alerta entre autoridades de saúde de todo o mundo. Casos já foram identificados em ao menos doze países.

No domingo, o governo da Holanda afirmou que 13 das 61 pessoas contaminas por covid que chegaram em um voo têm a variante ômicron – todos estão em isolamento. A Dinamarca também confirmou dois casos no páis.

No sábado (27/11), Reino Unido, Alemanha, Itália, Austrália e República Tcheca anunciaram que registraram casos da nova variante. A ômicron já havia sido registrada em Israel, Bélgica, Honk Kong, Botsuana e África do Sul.

Israel anunciou que vai fechar totalmente a fronteira para estrangeiros por 14 dias. A medida, recomendada pelo comitê de combate ao coronavírus do país, deve entrar em efeito neste domingo, após aprovação total da administração. Cidadãos israelenses vacinados precisarão fazer quarentena de 3 dias ao chegar no país, enquanto os não-vacinados deverão fazer quarentena de 7 dias.

No Reino Unido, o primeiro ministro Boris Johson anunciou uma série de medidas em resposta à variante ômicron. Segundo Johson, qualquer viajante que desembarcar no Reino Unido terá agora que fazer um teste do tipo PCR (o do cotonete) no segundo dia após sua chegada e se auto-isolar até receber um resultado negativo para o exame. Ainda conforme o premiê britânico, o uso de máscaras deverá ser reforçado em ambientes internos e no transporte público e a campanha para aplicação de doses de reforço da vacina contra o coronavírus deverá ser acelerada.

As autoridades britânicas dizem que ainda não é possível saber a efetividade das atuais vacinas contra a ômicron. Mas Patrick Vallance, conselheiro-chefe para assuntos científicos do governo britânico, disse que algumas empresas farmacêuticas já informaram que podem readaptar as vacinas para a variante em até 100 dias.

Na Europa, o primeiro caso havia sido confirmado na Bélgica, em um paciente que havia chegado do Egito no início de novembro.

No Brasil, o Ministério da Saúde afirmou em nota que não registrou casos de infecção pela variante no país. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, publicou no Twitter que a partir de segunda-feira o país vai fechar as fronteiras para voos vindos da África do Sul, Botsuana, Essuatini (Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

Neste sábado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma nota técnica sugerindo que mais quatro países sejam adicionados nessa lista: Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou nesta sexta-feira (26/11) uma reunião para tratar da nova variante, na qual a classificou como “variante preocupante” (variant of concern, o termo usado para descrever as variantes mais problemáticas até agora, como a delta, gama etc) e a batizou de ômicron. A variante inicialmente havia sido nomeada de B.1.1.529 .

Mas, mais cedo, advertiu que países não devem se apressar em impor restrições de viagens, pedindo que tenham uma “abordagem baseada no risco e na ciência”.

“Qualquer restrição de viagem deve ser pesada, e países já podem fazer muito em termos de vigilância e sequenciamento e trabalhar em conjunto com os países afetados ou globalmente “, disse o porta-voz da OMS, Christian Lindmeyer.

A despeito disso, para tentar frear a disseminação da nova variante, diversos países também estão adotando restrições a voos saídos da África, como os Estados Unidos, membros da União Europeia, Japão e Singapura.

Já a Comissão Europeia recomendou que países da União Europeia restrinjam emergencialmente voos originários da África Austral.

Sajid Javid, ministro da Saúde do Reino Unido, a descreveu a nova versão do coronavírus como uma “grande preocupação internacional”.

“Uma das lições desta pandemia foi que devemos agir rapidamente e o mais cedo possível”, disse ele.

Nos EUA, o médico Anthony Fauci, chefe da força-tarefa anti-coronavírus, disse que o veto a voos da África Austral era uma possibilidade, mas que ainda estava reunindo dados a respeito da nova variante.

A nova variante é mais perigosa?
Para ler a íntegra, acesse o link abaixo.

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-59437084

 

 

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