Israel anunciou que vai fechar totalmente a fronteira para estrangeiros por 14 dias. A medida, recomendada pelo comitê de combate ao coronavírus do país, deve entrar em efeito neste domingo, após aprovação total da administração. Cidadãos israelenses vacinados precisarão fazer quarentena de 3 dias ao chegar no país, enquanto os não-vacinados deverão fazer quarentena de 7 dias.
No Reino Unido, o primeiro ministro Boris Johson anunciou uma série de medidas em resposta à variante ômicron. Segundo Johson, qualquer viajante que desembarcar no Reino Unido terá agora que fazer um teste do tipo PCR (o do cotonete) no segundo dia após sua chegada e se auto-isolar até receber um resultado negativo para o exame. Ainda conforme o premiê britânico, o uso de máscaras deverá ser reforçado em ambientes internos e no transporte público e a campanha para aplicação de doses de reforço da vacina contra o coronavírus deverá ser acelerada.
As autoridades britânicas dizem que ainda não é possível saber a efetividade das atuais vacinas contra a ômicron. Mas Patrick Vallance, conselheiro-chefe para assuntos científicos do governo britânico, disse que algumas empresas farmacêuticas já informaram que podem readaptar as vacinas para a variante em até 100 dias.
Na Europa, o primeiro caso havia sido confirmado na Bélgica, em um paciente que havia chegado do Egito no início de novembro.
No Brasil, o Ministério da Saúde afirmou em nota que não registrou casos de infecção pela variante no país. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, publicou no Twitter que a partir de segunda-feira o país vai fechar as fronteiras para voos vindos da África do Sul, Botsuana, Essuatini (Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
Neste sábado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma nota técnica sugerindo que mais quatro países sejam adicionados nessa lista: Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou nesta sexta-feira (26/11) uma reunião para tratar da nova variante, na qual a classificou como “variante preocupante” (variant of concern, o termo usado para descrever as variantes mais problemáticas até agora, como a delta, gama etc) e a batizou de ômicron. A variante inicialmente havia sido nomeada de B.1.1.529 .
Mas, mais cedo, advertiu que países não devem se apressar em impor restrições de viagens, pedindo que tenham uma “abordagem baseada no risco e na ciência”.
“Qualquer restrição de viagem deve ser pesada, e países já podem fazer muito em termos de vigilância e sequenciamento e trabalhar em conjunto com os países afetados ou globalmente “, disse o porta-voz da OMS, Christian Lindmeyer.
A despeito disso, para tentar frear a disseminação da nova variante, diversos países também estão adotando restrições a voos saídos da África, como os Estados Unidos, membros da União Europeia, Japão e Singapura.
Já a Comissão Europeia recomendou que países da União Europeia restrinjam emergencialmente voos originários da África Austral.
Sajid Javid, ministro da Saúde do Reino Unido, a descreveu a nova versão do coronavírus como uma “grande preocupação internacional”.
“Uma das lições desta pandemia foi que devemos agir rapidamente e o mais cedo possível”, disse ele.
Nos EUA, o médico Anthony Fauci, chefe da força-tarefa anti-coronavírus, disse que o veto a voos da África Austral era uma possibilidade, mas que ainda estava reunindo dados a respeito da nova variante.
A nova variante é mais perigosa?
Para ler a íntegra, acesse o link abaixo.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-59437084