15/09/2023
Reproduzimos, a seguir, informação extraída do site do Diário do Nordeste, de Fortaleza.
Um vírus de celular que consegue desviar dinheiro via Pix e “limpar” a conta dos usuários foi desenvolvido por criminosos brasileiros. A tecnologia, detectada em dezembro do ano passado, vem crescendo no país e já é a segunda fraude mais registrada em toda a América Latina, segundo a empresa de cibersegurança Kaspersky. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Na fraude do Pix, criminosos conseguem trocar o destinatário e o valor da transferência. De acordo com a publicação, o vírus consegue acessar a etapa anterior à solicitação da senha. Entre os indícios de que o programa corrompeu o celular, estão uma tremedeira na tela e lentidão para carregar. Os estelionatários levam até 95% do saldo da conta em um único golpe.
Os hackers usam notificações e aplicativos falsos para infectar os celulares. Usuários já relataram que o golpe começava com o anúncio de uma atualização do WhatsApp, que redirecionava para um simulacro do app de mensagens. Uma vez que o programa “Atualização Whats App v2.5” era baixado, o sistema ficava comprometido.
Segundo a Kaspersky, o app foi retirado do ar da Google Play. Também existe vírus para dispositivos da Apple, como os iPhones, mas é menos comum.
O Google informou que a segurança na sua loja de aplicativos é uma prioridade. “Nossos usuários são protegidos pelo Google Play Protect, que identifica comportamentos nocivos nos apps e dispositivos Android e alerta os usuários”, comunicou.
O vírus desvio de Pix, além de permitir operação em larga escala, é executado de forma automatizada pelo próprio software.
A empresa de cibersegurança indica que, para se prevenir do golpe, o primeiro passo é suspeitar de qualquer notificação que peça “acesso às opções de acessibilidade”.
“Essa permissão dá amplo acesso às funcionalidades do smartphone e só é necessária para quem precisa de algum auxílio do aparelho para usar aplicativos, que devem ser selecionados criteriosamente”, diz a publicação.
A escolha de atuação no Pix pelos criminosos é devido à velocidade oferecida pela ferramenta. A tecnologia de pagamentos instantâneos permite dispersar o dinheiro entre várias contas, o que dificulta o rastreio dos valores, de acordo com o diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky, Fabio Assolini.
Entenda o golpe
O golpe é aplicado através de um vírus, que é instalado a partir de aplicativo da Play Store. O app é instalado de forma espontânea após o indivíduo clicar em uma propaganda duvidosa, seja por interesse ou sem querer.
Um dos meios também usados pelos golpistas é de uma suposta "atualização do WhatsApp", que faz uma solicitação de uma atualização através de uma notificação falsa. Após a instalação, a conta quase de forma instantânea é esvaziada.
Uma característica deste golpe em específico é que, ao acessar seu aplicativo de banco, a tela começa a tremer, além do acesso dificultado à conta. Concluído o golpe, os estelionatários levam pouco mais de 90% do saldo da conta.
Fique atento
Primeiro, é preciso verificar a veracidade dos aplicativos que irá baixar. Este poderá trazer alguns males ao seu aparelho e colocará em xeque a segurança da sua conta.
Sites suspeitos também podem colocar a segurança do seu aparelho em perigo, já que qualquer clique errado poderá lhe prejudicar.
Nunca acesse links enviados por pessoas que você não tem acesso ou não tem confiança. Esses links, além de clonar suas redes sociais, poderão acessar senhas de banco.