28/09/2020
Maria Machado tem 74 anos, é aposentada, mas trabalha como diarista para conseguir sustentar a mãe, de 106 anos. Ela ainda cuida de dois filhos, um deles portador de necessidades especiais. O marido a abandonou com cinco filhos. Desde então, Maria se esforça para manter as contas pagas e a comida na mesa todos os dias.
“Aqui em casa a gente come porque sabe que tem que comer. A carne, o feijão, o açúcar… é caro demais. Filha, todo dia eu falo, não pode jogar um ‘caroço de arroz’ fora porque vai fazer falta”, relata. “É melhor a gente economizar e ter o pão de cada dia do que a gente estragar e passar fome. Porque se nego brincar, a gente passa fome, filha”.
Maria mora em Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão, e vive uma realidade que se assemelha à de milhares de outras Marias. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes aos anos 2017 e 2018, as regiões Norte e Nordeste apresentam os maiores índices de insegurança alimentar do país: 43% dos domicílios do Norte e 49,7% dos lares do Nordeste não tinham acesso pleno e regular a alimentos. A insegurança alimentar é maior nos lares em que as mulheres são chefes de família.
A reportagem é do portal Brasil de Fato. Para ler a íntegra, acesse o link abaixo.