04/08/2020
O processo de licitação para contratar serviços de armazenamento de dados públicos em nuvem, no valor de R$ 245 milhões, é visto por profissionais da área de tecnologia como um risco à soberania brasileira.
O governo federal defende a contratação de um serviço privado, afirmando que atende às necessidades de 140 órgãos e entidades, com o uso da nuvem representando economia na manutenção. No entanto, trabalhadores da área de tecnologia pública afirmam que as expertises do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) não foram levadas em consideração.
Leonardo Nichelatti, trabalhador do Serpro, afirma que não falta capacidade nas duas empresas públicas, eleitas algumas vezes como as melhores na área de tecnologia da América Latina. Segundo ele, a decisão é política e não técnica. O especialista, que é diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados no estado do Rio Grande do Sul, ressalta que os riscos do processo vão desde a violação de dados até o sequestro de informações, passando por retirada proposital de serviços do ar para fins lucrativos.
“É como se você pegasse os seus arquivos pessoais, colocasse em um pendrive e entregasse à guarda de outra pessoa. Ela tem os seus dados à disposição”, alerta Nichelatti. “Se não cuidar bem alguém pode roubar o pendrive, acessar os seus dados, fazer uma montagem com as suas fotografias, pode impedir você de pegar o pendrive se não pagar um resgate, pode sequestrar os seus dados.”
A reportagem é do portal Brasil de Fato. Para ler a íntegra, acesse o link abaixo.