No comunicado divulgado logo depois da reunião, o colegiado afirma que o ambiente externo “tem se tornado menos favorável” e que a inflação traça um cenário “mais desafiador” para economias emergentes. No Brasil, a inflação ao consumidor continua elevada, diz o Copom, e acima do esperado.
Já a economia também mostra problemas, conforme aponta o órgão do BC. “Em relação à atividade econômica brasileira, indicadores divulgados desde a última reunião mostram uma evolução ligeiramente abaixo da esperada.”
O Copom já avisa, no comunicado, que a próxima reunião – a última de 2021 – terá outra alta, “da mesma magnitude”. “Neste momento, o cenário básico e o balanço de riscos do Copom indicam ser apropriado que o ciclo de aperto monetário avance ainda mais no território contracionista”, diz. Os integrantes do colegiado se encontrarão novamente em 7 e 8 de dezembro.
“É muito importante ressaltar que o aumento da taxa de juros tem se mostrado, ao longo do tempo, um instrumento muito perverso e pouco eficaz no combate à inflação, encarece o crédito para consumo e para investimentos, causa mais desemprego, queda de renda, piora o cenário da economia”, afirma, em nota, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres. “E mais, concentra cada vez mais renda nas mãos de banqueiros e especuladores financeiros.”