23/02/2021
Já a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) reforça a necessidade de contratações
A Caixa Econômica Federal ampliou para R$ 12 bilhões o crédito agrícola. Desse montante, já foram contratados R$ 8 bilhões e a expectativa é de que até abril os outros R$ 4 bi estejam ofertados. A expansão da oferta de crédito no segmento deve continuar nos próximos dois anos, com a previsão do banco emprestar até 2023 R$ 40 bilhões.
Segundo a Caixa, os recursos atendem a diversas finalidades, especialmente para financiar as despesas do ciclo de produção das principais culturas do país, como soja, milho, algodão, arroz, feijão, mandioca e café, bem como atividades pecuárias.
Entre as modalidades contempladas nas linhas de crédito rural do banco, empréstimos para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e para outros empreendimentos do campo.
No caso do Pronaf, voltado a pequenos agricultores e assentados da reforma agrária, o financiamento se destina à aquisição de insumos e pagamento de serviços, com taxa de juros a partir de 2,75% ao ano, que varia de acordo com o empreendimento financiado.
“A Caixa tem feito concessão de crédito para produtores rurais desde 2013. É mais um serviço para o banco público atuar em favor da população. É muito importante incentivar o crédito para os pequenos produtores, o fortalecimento do Pronaf. A agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos consumidos pela população”, avalia o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto.
A representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, também avalia como positiva a Caixa ampliar sua atuação para agronegócio, porque isso fortalece a atuação comercial, social e principalmente a função pública do banco, como um dos maiores investidores do desenvolvimento do Brasil.
“Só me preocupa o fato do BB (Banco do Brasil), que tem expertise nessa área, estar sendo desmantelado. As duas instituições são fundamentais para o país sair da crise e voltar a crescer”, enfatiza a representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano.
Mais contratações
Junto com o anúncio de mais recursos para financiamento agrícola, a direção do banco informou à imprensa a abertura de 21 agências especializadas para atender exclusivamente o produtor rural.
Esse é outro motivo de preocupação das entidades representativas dos empregados da Caixa. Isto porque de 2015 até agora o banco está com 20 mil postos de trabalho a menos.
As novas contratações anunciadas, para as agências que serão abertas, são insuficientes para resolver o déficit de pessoal que a Caixa tem hoje. Segundo Rita Serrano, é necessário muito mais que 1.500 novos empregados para suprir a demanda.
(Informação extraída do site da Fenae)