Campanha de vacinação contribui para arrefecimento da pandemia no Brasil – Andrea Rego Barros – Prefeitura de Recife
Com os números divulgados pelo Ministério da Saúde no último sábado (24), o Brasil completou quatro semanas sem alta na média móvel de mortes por coronavírus. Nos últimos sete dias, a média é 329,3 casos, o que representa queda de 25,79% em comparação com os números de duas semanas atrás. A média móvel da semana é a menor para um sábado desde 25 abril de 2020.
Enquanto o país vê a pandemia arrefecer, impulsionado pelo avanço da campanha de vacinação, países europeus têm voltado a demonstrar preocupação com o aumento da contaminação no continente.
A Rússia, com 32,83% de sua população vacinada, de acordo com o OurWorldInData, vem registrando há dias recordes no número de mortes devido ao coronavírus. Nesta semana, o presidente Vladimir Putin decretou um feriado prolongado de uma semana para tentar conter o avanço da doença.
A Letônia, que já completou a imunização de 51,78% da população, reimpôs medidas na semana passada para tentar frear a alta tanto de contágio quanto de mortes. Outros países, com taxa de vacinação completa mais robusta, como Reino Unido (66,69%) e Bélgica (73,24%), também registram aumento do número de casos, mas sem altas substanciais no número de mortes.
No sábado (23), a Rede Análise Covid-19, grupo multidisciplinar de pesquisadores com o objetivo de coletar, analisar, modelar e divulgar dados relativos ao coronavirus, publicou uma análise sobre o avanço da pandemia nos países europeus, com foco no Reino Unido.
No Brasil, de acordo com o Painel Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde, 269 milhões de doses de vacinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) já foram aplicadas na população brasileira. Destas, 152.844.546 são referentes à primeira dose, enquanto 116.507.409 são referentes à segunda dose ou dose única, no caso dos imunizados com a vacina da Janssen.
A ferramenta mostra que foram aplicadas mais de 2,9 milhões de doses nas últimas 24 horas – número superior à meta da pasta, que visa imunizar 2 milhões de pessoas diariamente.
Na sexta-feira (22), o coordenador da Rede Análise Covid-19, Isaac Schrarstzhaupt, afirmou que a proporção de hospitalizações e óbitos para casos na onda atual (pós-vacina) é muito menor, o que indica o sucesso da vacinação. O pesquisador, contudo, fez um alerta: “A transmissão e o nível de óbitos e hospitalizações ainda é alto e continua aumentando”.
Com informações da Agência Brasil e edição: Arturo Hartmann, do portal BdF