09/03/2022
Projeto deverá começar com um aporto de R$ 2,65 bilhões e será operado em parceria com a Vinci Partners. Objetivo é complementar recursos do FNE e oferecer empréstimos entre R$ 100 milhões e R$ 300 milhões
O Banco do Nordeste deverá lançar ainda no primeiro semestre deste ano um novo fundo de empréstimos focados nas áreas de infraestrutura e energias renováveis para complementar os recursos financiados pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) ao negócios nestes segmentos. A informação foi confirmada pelo presidente do BNB, José Gomes da Costa, que espera iniciar as operações até o final de abril.
A iniciativa funcionará com recursos internos do Banco e do parceiro no projeto, a Vinci Partners, uma gestora privada de fundos de investimento. Segundo Gomes da Costa o projeto foi idealizado para tentar dar suporte ao FNE, que tem a verba limitada pela atividade econômica do País, estando atrelado a arrecadação de impostos.
A confirmação foi feita durante entrevista exclusiva ao Sistema Verdes Mares.
“E como o orçamento é limitado, o banco tem de buscar alternativas, e a primeira iniciativa que temos, e fizemos em casa, é a criação de um fundo de infraestrutura e energias renováveis em parceria com a Vinci Partners e a gente espera colocar esse fundo ainda nesse semestre, com um aporte inicial de recursos do BNB, que já está preparado para fazer isso”, completou o presidente do BNB.
Inicialmente, o novo fundo de investimentos deverá contar com R$ 2,5 bilhões e estará disponibilizando empréstimos na faixa entre R$ 100 milhões a R$ 300 milhões para cada empresa. Esses recursos deverão complementar o limite com o qual o Banco vem atuando pelo FNE para empresas de infraestrutura e energias renováveis, que também é de R$ 300 milhões, segundo o Gomes da Costa.
“É um fundo para empréstimo direto, e se o Banco entra com R$ 8 bilhões pelo FNE por ano, esse fundo deve trazer nesse primeiro ano algo em torno de R$ 2,5 bilhões. É pouco? É. Mas vamos buscar mais parcerias ou outros investidores para colocar recursos no fundo, porque é algo rentável”, disse.
“É uma boa oportunidade porque ele propicia retornos que são dados acima de fundos de CDB e algumas coisas atreladas a CDI”, explicou.