15/10/2024
Reproduzimos, a seguir, informações extraídas do site do Banco do Nordeste.
O presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, destacou a liderança da região na produção de energia sustentável e a importância desse potencial para impulsionar um crescimento econômico com justiça social, durante o IV Fórum Debate Desenvolvimento, realizado no último dia 10 de outubro, em Fortaleza. O evento, promovido em parceria com a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), reuniu representantes do Sistema Nacional de Fomento e dos governos federal e estadual para discutir “O financiamento à transição justa e o potencial do Nordeste brasileiro”.
“A energia limpa é importante para impulsionar um desenvolvimento socialmente justo”, avalia o presidente do BNB, Paulo Câmara.
Câmara revelou que o Banco do Nordeste já aplicou mais de R$ 37 bilhões em projetos de energia solar e eólica nos últimos anos e frisou que o hidrogênio verde está no centro das estratégias de redução de emissões da matriz produtiva regional, com diversos protocolos de intenção de investimentos já em curso. “O processo de descarbonização só terá impacto positivo se for economicamente viável, socialmente inclusivo e ambientalmente sustentável”, ressaltou.
Além das energias renováveis, o evento abordou mudanças climáticas, parcerias financeiras e oportunidades para negócios sustentáveis.
Durante o fórum, foi firmado um acordo de cooperação entre a ABDE e a organização Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI), visando promover o financiamento de projetos para aumentar a resiliência e sustentabilidade das cidades brasileiras. A ICLEI atua em mais de 130 países, fomentando políticas de baixo carbono e desenvolvimento urbano sustentável.
Para Márcia Maia, diretora da ABDE e presidente da Agência de Fomento do Rio Grande do Norte, entre os diversos desafios que a transição energética apresenta está o de garantir que as populações sejam devidamente consultadas, não sejam afetadas substancialmente e possam usufruir dos resultados econômicos produzidos por aqueles setores. A transição deve ser justa com as populações implicadas territorialmente em projetos de energias renováveis”, finaliza.
O evento também contou com a participação de Paulo Simplício, da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD); e Joaquim Rolim, consultor de energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), entre outros especialistas.