30/06/2020
O Brasil passou por vários ciclos econômicos nos últimos 120 anos (1900-2020), período que coincide com o processo de desenvolvimento e urbanização do País. A urbanização cresceu lentamente nas primeiras cinco décadas do século vinte, acelerando na segunda metade do século passado com o avanço do desenvolvimento econômico e da industrialização responsáveis por atrair os trabalhadores do campo para a cidade.
O desemprego não foi o principal problema econômico e social do Brasil na maior parte desse longo período. Enquanto a maior parcela da população brasileira residia no campo, nas áreas rurais, o mercado de trabalho urbano não apresentou altas taxas de desemprego.
Até o início dos anos oitenta do século passado, o desemprego teve uma trajetória de queda por quase um século. Na maior parte do século vinte, os contingentes de trabalhadores e trabalhadoras que se deslocaram do campo para a cidade encontraram ocupações e empregos formais.
A formação do mercado de trabalho no Brasil foi resultado do desenvolvimento econômico tardio em relação aos países desenvolvidos. As novas indústrias e setores aqui instalados, com raras exceções, sempre estiveram defasados da fronteira tecnológica das indústrias dos países desenvolvidos, onde o valor agregado e os salários pagos são mais altos. Nosso padrão de acumulação foi baseado em salários baixos e oferta abundante de mão de obra.
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