22/07/2024
Reproduzimos, a seguir, informação extraída do portal do Banco do Nordeste.
Os desafios e as oportunidades na era digital foram debatidos, na última quinta-feira, 18, em Fortaleza (CE), durante a 30ª edição do Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento, que apontou a necessidade das empresas adotarem novas tecnologias para crescerem de forma sustentável. Segundo o presidente do BNB, Paulo Câmara, é preciso focar na produtividade e na produção de bens de maior valor agregado para transformar o perfil das empresas na região.
“Vimos apoiando estudos, empreendimentos, políticas e negócios que podem transformar a economia nordestina. Os desafios são muitos e se renovam principalmente nessa ambiência de incertezas e complexidade que experimentamos no contexto de uma era digital. É um desafio, acima de tudo, que todo esse processo seja inclusivo e redistributivo”, afirmou Paulo Câmara.
O Fórum BNB de Desenvolvimento marcou as celebrações pelos 72 anos de existência da instituição e foi realizado na sede do Banco. Durante a abertura do evento, o presidente Paulo Câmara destacou o potencial nordestino para investimentos em agronegócios, turismo, energia, transporte e logística. Segundo ele, a inclusão socioeconômica proporcionada por políticas publicas consistentes resgata a dignidade de uma legião de brasileiros à margem do consumo.
Para o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento da Indústria (ABDI), Ricardo Capelli, uma das principais missões da Nova Indústria Brasil, programa criado pelo Governo Federal para impulsionar a indústria nacional até 2033, é estimular a transformação digital das indústrias e o desenvolvimento de novas tecnologias. “Não existe país desenvolvido no mundo sem uma indústria forte. A indústria é quem paga mais impostos no Brasil, quem contribui para a arrecadação nacional, então é muito importante fortalecer a indústria”, disse.
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Carlos Prado, reforçou o papel protagonista da Região Nordeste na transição energética do país. “O mundo está descobrindo que o nosso Nordeste tem as melhores condições naturais para a geração de energias renováveis. Isso explica a chegada de grandes investidores internacionais”, explica.
A governadora do Rio Grande do Norte e presidente do Consórcio Nordeste, Fátima Bezerra, apresentou uma visão sobre o mercado externo como vetor de crescimento dos estados do Nordeste.
Segundo ela, os estados nordestinos são responsáveis pelo posicionamento do Brasil entre os cinco maiores produtores mundiais de energia renovável. A governadora também destacou o alto potencial da região na produção de energia eólica em alto-mar e de hidrogênio verde. Para Fátima, a transição energética deve vir acompanhada de inclusão social. “O Brasil é a bola da vez e esta oportunidade não pode ser desperdiçada”, complementou.
A presidente do Consórcio Nordeste também defendeu a criação de um fundo de financiamento para a Caatinga, que deve investir em ações contra o desmatamento e a desertificação, ao passo que deve apoiar projetos que tirem proveito do potencial genético e biodiversidade do bioma.
Por fim, a governadora destacou a parceria do governo brasileiro com a China, para implantação de fábricas de equipamentos para a agricultura familiar nordestina, responsável por mais da metade dos alimentos consumidos no Brasil.
Na oportunidade, o BNB e o Governo do Estado do RN firmaram acordo de cooperação com o objetivo de estruturar projeto de Parceria Público-Privada (PPP) para eficientização energética de edificações públicas do Rio Grande do Norte, por meio de fontes de energias renováveis.