18/07/2024
As informações abaixo foram produzidas com base em publicação gerada pela Agência de Notícias da Assembleia Legislativa de Sergipe.
Com o crescimento populacional no Brasil nas últimas décadas, principalmente nos grandes centros urbanos, o destino do lixo tornou-se um grande problema ambiental e de saúde pública.
Segundo especialistas, o descarte inadequado de resíduos sólidos pode causar sérios danos ao meio ambiente e provocar riscos à saúde. Doenças como dengue, febre tifóide, diarreias, giardíase e leptospirose podem ser causadas, além da contaminação do solo, do ar e os lençóis aquáticos subterrâneos. São fatores que agravam o efeito estufa e trazem consequências à qualidade de vida da população.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) preconiza que a destinação adequada de resíduos sólidos inclui a reutilização, reciclagem, compostagem, recuperação e o aproveitamento energético. E determina que a forma de descarte mais correta do lixo é a remessa para os aterros sanitários.
No entanto, parte significativa dos municípios brasileiros ainda utiliza os lixões, contrariando a PNRS que já recomendou o encerramento desse tipo descarte. Conforme relatório publicado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente, somente no ano de 2022, aproximadamente 33 milhões de toneladas de resíduos foram despejadas de forma inadequada, com destaque para sua disposição em aproximadamente 3 mil lixões, a céu aberto, distribuídos em todo o território nacional.
Ambientalistas alertam para a importância do consumo sustentável, que faz bem para o bolso e para a natureza. Questionar as investidas diárias do mercado publicitário é um importante exercício ao encontro do consumo sustentável. E pode ser nossa parcela de contribuição para reduzir a geração de resíduos desnecessários.
Outra área que carece de maior atenção e investimento é a atividade realizada pelos “catadores” de materiais recicláveis. Apesar da importância do trabalho que realizam, são pessoas vistas com desprezo e marginalizadas pela sociedade. É preciso dar apoio, visibilidade e valorizar a atividade desses trabalhadores, importante elo na indústria de reciclagem e em defesa do meio ambiente, tão degradado nos grandes centros urbanos. .
Este destino ainda é utilizado no Brasil. Consiste em simplesmente retirar todo o lixo (orgânico e material) das residências, comércios e indústrias, despejando-os em grandes áreas a céu aberto. Localizados geralmente em regiões periféricas de cidades, estes lixões são responsáveis pela concentração de ratos, baratas e outros insetos. Tornam-se verdadeiros focos de proliferação de doenças, além do mau cheiro que exalam. Nos lixões sem fiscalização, pessoas muito pobres (na verdade, abaixo da linha da pobreza) costumam recolher materiais recicláveis e até mesmo restos de comida, colocando a própria (vida) saúde em risco.
Outro problema, esse de ordem ambiental, também se faz presente neste sistema. Ao entrar em putrefação, os materiais orgânicos produzem chorume, que pode atingir rios, lagos e lençóis freáticos próximos aos lixões. Este processo pode provocar grave situação de contaminação da água.
Esse é o sistema de tratamento de lixo mais adequado. Nesses locais, o solo é preparado (impermeabilizado) para receber o lixo orgânico. Este é colocado em camadas intercaladas com terra, evitando assim o mau cheiro, contaminação e a proliferação de insetos e ratos. O processo de decomposição do material orgânico é feito por bactérias anaeróbicas. Como resultado desse processo, ocorre a geração do gás metano, que pode ser descartado (queimado) por saídas específicas ou utilizado na geração de energia elétrica (sistema mais adequado).
É um destino muito interessante, do ponto de vista ambiental e econômico, para o lixo orgânico (principalmente restos de frutas, verduras e legumes). Neste processo, o lixo orgânico é transformado em adubo para ser utilizado na agricultura.
A coleta seletiva consiste em separar o lixo orgânico dos materiais recicláveis. Aqui, destaca-se à importância do trabalho “invisível” realizado pelos catadores, nos grandes centros urbanos.
Esses materiais são vendidos ou entregues a empresas ou cooperativas que os reciclam. Desta forma, esses materiais podem voltar à cadeia produtiva, gerando emprego e renda para todos que atuam no processo.
Alguns exemplos de lixo reciclável: latas de alumínio, potes e sacos de plástico, garrafas PET, sobras de papel, papelão, garrafas e potes de vidro, jornais e revistas.
Este sistema é mais usado nos casos de lixo hospitalar ou que possuem algum tipo perigosos de contaminação. É realizado em incineradores apropriados, mantendo toda segurança possível. A fumaça gerada deve passar por um sistema de filtragem para diminuir ao máximo a poluição do ar.
Existem alguns tipos de lixos que não devem ser misturados com o lixo comum. É o caso das pilhas, baterias, lâmpadas e eletrônicos. Estes objetos apresentam, em sua composição, elementos químicos que podem gerar graves problemas ambientais como, por exemplo, contaminação do solo e da água.
Após o uso, estes objetos devem ser separados pelos consumidores e entregues em locais específicos. Empresas especializadas ou até mesmo os produtores devem retirá-los e tratá-los de forma adequada e com toda segurança.