01/07/2015
Posição sobre emenda foi apresentada ontem em reunião com sindicalistas e parlamentares
Representantes das centrais sindicais e parlamentares saíram ontem de uma reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com a sinalização de que o parlamentar é favorável à extensão do aumento do salário mínimo aos aposentados e pensionistas do INSS que ganham acima do piso nacional. Emenda à MP 672, que foi aprovada na Câmara, concede o mesmo reajuste a segurado da Previdência será votada pelos senadores. Calheiros informou aos participantes da reunião que colocará a MP que mantém a política de valorização do mínimo até 2019 na pauta de votação na semana que vem.
Mas antes, o presidente do Senado quer se reunir os líderes dos partidos na Casa para debater a questão. A decisão sobre o encaminhamento da votação sairá de um acordo com as lideranças. Logo após a aprovação na Câmara, Renan Calheiros declarou que o Senado deverá, acima de tudo, manter a responsabilidade com o ajuste fiscal do governo ao tratar do assunto.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, deixou a reunião esperançoso. “O presidente do Senado sinalizou positivamente em relação à votação do mesmo aumento a todos os aposentados. Saímos com a esperança de corrigir grave injustiça que se comete com eles há muito tempo”, disse.
O senador Paulo Paim (PT-RS) também participou do encontro com Calheiros. Segundo o petista, o presidente disse ser favorável à aprovação da emenda que garante correção pela inflação e concede aumento real com base no crescimento da economia (PIB) para todos os aposentados do INSS.
“O senador Renan Calheiros vai colocar a proposta em pauta semana que vem. Caberá a nós que somos favoráveis lutar pela aprovação. E é o que vamos fazer”, garantiu.
O governo está preocupado com a pauta. A presidenta Dilma Rousseff já fez reuniões com ministros para discutir formas de evitar problemas para a Previdência. O próprio presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reconheceu que a aprovação da emenda foi além da conta.
Os sindicalistas também pediram a Calheiros que o Congresso não analise o veto de Dilma sobre mudanças no fator previdenciário antes de concluir a votação da MP 676, editada para tratar do mesmo assunto. A MP retoma a fórmula 85/95 (soma de idade com tempo de contribuição) na concessão de aposentadorias como ponto de partida, mas implementou a progressividade nos próximos anos.
“Queremos debater esta questão no fórum. Somos a favor de adotar mecanismos de atualização a cada quatro ou cinco anos”, defendeu Torres.
(FONTE: O Dia Online)