O diretor Miguel Nóbrega, no exercício da presidência da AABNB, foi recebido pelo novo presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, nesta quinta-feira, 27 de abril, em audiência realizada na sede administrativa do Banco, em Fortaleza. Na oportunidade, além de apresentar os votos de boas-vindas a Paulo Câmara, Miguel Nóbrega fez uma explanação a respeito da AABNB, e convidou o presidente para o evento “Reencontro com Amigos”, que a Associação irá realizar no próximo dia 17 de maio, no BNB-CLUBE, para celebrar o aniversário de 40 anos de fundação da AABNB.

Miguel Nóbrega também salientou ao presidente Paulo Câmara dois graves problemas, que afetam a qualidade de vida dos aposentados e pensionistas do BNB, tendo em vista os elevados custos com medicamentos, alimentação e moradia. O primeiro problema, mais antigo, é a elevada contribuição cobrada pela CAPEF sobre os benefícios pagos aos aposentados e pensionistas, que hoje está fixada em 19,2% (dezenove vírgula dois por cento); o segundo, mais recente, diz respeito ao não-reajuste dos benefícios pelo INPC “cheio”, como ocorreu em 1º de Janeiro de 2022, quando o INPC atingiu a marca de 10,16%, e o reajuste dos benefícios ficou em apenas 5,97%. Em razão disso, o orçamento dos aposentados e pensionistas ficou bastante sacrificado.

Para que se tenha ideia do prejuízo, tomemos, hipoteticamente, um benefício que era de R$ 10 mil reais em dezembro de 2021; hoje, esse benefício estaria em R$ 11.669,00, caso tivesse sido reajustado com os 100% do INPC (10,16%) em janeiro de 2022, e considerando os 5,93% do INPC, de janeiro de 2023. Como o reajuste foi de apenas 5,97%, esse benefício, hoje, ficou, na realidade, em R$ 11.225,00, causando uma perda de R$ 444,00 mensais. Logo, o prejuízo anual é de R$ 5.320,00, uma perda enorme, que já vai completar dois anos. (Veja os quadros abaixo)

QUADRO I – REAJUSTE DO BENEFÍCIO COM VALOR CHEIO DO INPC

QUADRO II – REAJUSTE DO BENEFÍCIO COM APENAS PARTE DO INPC

Benefício Definido (BD) – uma proposta para a solução desse problema já foi discutida entre a AABNB, CAPEF e o próprio BNB, salientou Miguel Nóbrega, ao informar que uma nova redação do Regulamento do Plano BD, já aprovada pelo Conselho Deliberativo da CAPEF, encontra-se em estudos por parte do BNB. Diante dessa exposição, foi reivindicada a possibilidade de agilização do processo, e o presidente do Banco, sensibilizado com os problemas relatados, informou que irá estudar o assunto.