27/11/2020
Em apenas um trimestre, são 1,3 milhão de desempregados a mais. Para analista, flexibilização do isolamento fez mais gente procurar trabalho, pressionando o mercado
A taxa de desemprego bateu novo recorde e atingiu 14,6% no trimestre encerrado em setembro, segundo o IBGE. Foi o maior índice da série histórica, iniciada em 2012. Corresponde a uma estimativa de 14,092 milhões de desempregados, 1,302 milhão a mais em apenas três meses, crescimento de 10,2%. Em relação a igual período de 2019, a alta foi de 12,6% (acréscimo de 1,577 milhão). A taxa de desemprego é maior para mulheres (16,8%) do que para os homens (12,8%).
Além disso, o número de ocupados chegou ao menor nível da série. São 82,464 milhões, queda de 1,1% no trimestre (menos 880 mil) e de 12,1% ante igual período do ano passado (menos 11,3 milhões). O nível de ocupação, também o menor, caiu a 47,1%. A taxa de informalidade é de 38,4%: 31,6 milhões de trabalhadores informais no país.
O desemprego cresceu em 10 unidades da federação e ficou estável nos demais. Para a analista do IBGE da Adriana Beringuy, esse aumento que leva o desemprego a novo recorde reflete certa flexibilização das medidas de isolamento contra a pandemia. Isso fez com que mais pessoas saíssem a procura de trabalho.
“Houve maior pressão sobre o mercado de trabalho no terceiro trimestre”, afirmou Adriana. “Em abril e maio, as medidas de distanciamento social ainda influenciavam a decisão das pessoas de não procurarem trabalho. Com o relaxamento dessas medidas, começamos a perceber um maior contingente de pessoas em busca de uma ocupação.”
Assim, é possível esperar resultados ainda piores no início de 2021. Analistas lembram que o fim do auxílio emergencial deverá levar mais pessoas a procurar trabalho.
A reportagem é do portal Rede Brasil Atual. Para ler a íntegra, acesse o link abaixo.