A maioria das mortes por resistência antimicrobiana foi causada por infecções do trato respiratório inferior, como pneumonia, e infecções da corrente sanguínea, que podem levar à sepse.
Com base em prontuários de pacientes de hospitais, estudos e outras fontes de dados, os pesquisadores dizem que as crianças pequenas correm mais risco — cerca de uma em cada cinco mortes relacionadas à resistência antimicrobiana são de menores de cinco anos.
– Mais baixas em países de alta renda, uma média de 13 para cada 100 mil pessoas.
O professor Chris Murray, do Instituto de Avaliação e Métricas de Saúde da Universidade de Washington, disse que os novos dados revelaram a verdadeira dimensão da resistência antimicrobiana em todo o mundo — e foi um sinal claro de que uma ação imediata é necessária “se quisermos ficar à frente na corrida contra a resistência antimicrobiana”.
Outros especialistas dizem que um melhor monitoramento dos níveis de resistência em diferentes países e regiões é essencial.
Ramanan Laxminarayan, do Centro de Dinâmica, Economia e Política de Doenças, em Washington DC (EUA), afirma que os gastos globais para combater a resistência antimicrobiana precisam subir para níveis observados no caso de outras doenças.
“Os gastos precisam ser direcionados para a prevenção de infecções em primeiro lugar, garantindo que os antibióticos existentes sejam usados de forma adequada e criteriosa e para trazer novos antibióticos ao mercado”, avalia.
Segundo ele, parte do mundo enfrentou o desafio do acesso precário a antibióticos eficazes e com preços acessíveis — e isso precisa ser levado a sério por líderes políticos e de saúde em todos os lugares.