Com os raios X, ela explicou, “pode haver apenas algumas dezenas de fontes espalhadas por toda a galáxia, então podemos defini-las. Além disso, uma parte delas é tão brilhante nos raios-X que podemos medir suas curvas de luz”.
“Finalmente, a enorme emissão de raios-X vem de uma pequena região que pode ser substancialmente ou (como no nosso caso) totalmente bloqueada por um planeta que passa.”
Os pesquisadores admitem abertamente que mais dados são necessários para verificar esta interpretação.
Um desafio é que a grande órbita do candidato a planeta significa que ele não cruzaria na frente de sua companheira binária novamente por cerca de 70 anos, anulando qualquer tentativa de fazer uma observação de acompanhamento no curto prazo.
Outra possível explicação que os astrônomos consideraram é que o escurecimento foi causado por uma nuvem de gás e poeira passando na frente da fonte de raios-X.
No entanto, eles acreditam que isso é improvável, porque as características do evento não correspondem às propriedades de uma nuvem de gás.
“Sabemos que estamos fazendo uma afirmação empolgante e ousada, então esperamos que outros astrônomos a examinem com muito cuidado”, disse a coautora do estudo Julia Berndtsson, da Universidade de Princeton, nos EUA.
“Achamos que temos um argumento forte, e este processo é como a ciência funciona.”
Di Stefano disse que a nova geração de telescópios ópticos e infravermelhos não seria capaz de compensar os problemas de aglomeração e escurecimento, então observações em comprimentos de onda de raios-X provavelmente seguiriam sendo o principal método para detectar planetas em outras galáxias.
No entanto, ela afirmou que um método conhecido como microlente também pode ser promissor para identificar planetas fora da nossa galáxia.
O estudo foi publicado na revista científica Nature Astronomy.