Reproduzimos, a seguir, informação extraída do portal Rede Brasil Atual.

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aprovou, por aclamação, a concessão do título doutor honoris causa a Gilberto Gil. A indicação partiu da Congregação da Escola de Música e do Conselho do Centro de Letras e Artes da instituição. A aprovação foi ontem (8), em reunião do conselho.

Ao defender a concessão do título, o professor Clynton Lourenço Correa, do Programa de Mestrado e Doutorado em Educação Física da UFRJ e integrante do conselho, destacou toda a trajetória do cantor, compositor, multi instrumentista, escritor e ativista, que foi além da relevância artística para o país. Ressaltou o ativismo de Gil nas causas humanitárias. “Sua mensagem é de união, de respeito e de transformação social. Sua obra é e continuará sendo um importante instrumento de reflexão e ação, inspirando gerações a buscar um mundo mais justo e igualitário”, disse.

Na semana passada, o Conselho Universitário da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) aprovou a criação de uma comissão da verdade para apurar os crimes cometidos na instituição durante a ditadura (1964-1985). A iniciativa partiu de um pedido de cassação do título de doutor honoris causa concedido, em 1974, ao general Emílio Garrastazu Médici.

Na mesma sessão foram aprovadas as concessões dos títulos de doutor honoris causa a Gil e à ativista dos direitos de transexuais e travestis Keila Simpson, presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e uma das pioneiras no trabalho de prevenção ao HIV/Aids.

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Trajetória premiada

Gilberto Gil Passos Moreira, nascido em Salvador em 26 de junho de 1942, venceu prêmios internacionais como o Grammy Awards, Grammy Latino e foi também agraciado com a medalha da Ordem Nacional do Mérito, concedida pelo governo da França, em 1997. No Brasil recebeu diversos prêmios pela sua produção artística, iniciada em 1959.

Em 1999, foi nomeado “Artista pela Paz”, pela Unesco, organização da ONU para a educação, a ciência e a cultura. De 2003 a 2008 foi ministro da Cultura nos dois primeiros governos de Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, Gil foi vereador em Salvador (1989-1993). Em 2021, foi eleito para a cadeira de número 20 da Academia Brasileira de Letras.