Imagem
Cinema Agroecológico, III Festival
Fiocruz recebe troféu Xukuru no 3º Festival Internacional de Cinema Agroecológico

24/10/2025

Reproduzimos, a seguir, informações extraídas do portal da Fiocruz.

Pela primeira vez realizado no Semiárido, o 13º Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) desembarcou nas margens do Rio São Francisco.

Como parte da programação, foi promovido (de 16 a 18/10), em Juazeiro (Ceará), o 3º Festival Internacional de Cinema Agroecológico (FICAECO). O evento ofereceu uma programação diversificada com exibições de filmes, rodas de conversa, homenagens, oficinas e apresentações artísticas. A Fiocruz foi uma das homenageadas e recebeu o troféu Xukuru em reconhecimento ao trabalho da instituição.

FicaEco.

O 3º Festival Internacional de Cinema Agroecológico (FICAECO) ocorreu no Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro no Ceará (foto: Divulgação)

O Troféu Xukuru é uma estatueta inspirada no povo indígena Xukuru de Pernambuco, que simboliza a resistência e a ancestralidade dessa etnia. Ele é entregue como prêmio em festivais que promovem pautas ambientais, culturais e sociais. Felipe Corcione foi artista visual que assinou junto ao povo indígena Xukuru os troféus desta edição do FICAECO. As obras foram feitas em argila vermelha, inspiradas no cacique Xicão Xukuru, e trazem em seus corpos grafismos, vestimentas e tramas que expressam resistência, memória e vida.

Durante a abertura do Festival no Centro de Cultura João Gilberto, o coordenador de Saúde e Ambiente da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Guilherme Franco Netto, recebeu a estatueta, em nome da Fiocruz, e destacou a importância da cultura como elemento essencial para a promoção da saúde. “Arte e cultura são determinantes e resultantes da saúde. Assim como é fundamental oferecer vacinas, apoiar o fortalecimento do Sistema Único de Saúde [SUS] e garantir o funcionamento das redes de atenção, também é importante valorizar expressões culturais, como os festivais de audiovisuais que visam a construção de sociedades mais saudáveis, como o FICAECO”, afirmou.

FicaEco.

O coordenador do FicaEco, Murilo Mendonça Oliveira de Souza, e o coordenador de Saúde e Ambiente da VPAAPS/Fiocruz, Guilherme Franco Netto, com o troféu Xukuru nas mãos (foto: Divulgação) 

Em 2025, o Festival recebeu mais de 300 filmes e entre eles foram escolhidos 31 produções nacionais e internacionais de diferentes gêneros (documentário, ficção e animação) que tratam de temas como soberania alimentar, biodiversidade e povos indígenas e comunidades tradicionais. O Festival foi composto pela Mostra Principal Abya Yala e pela Mostra Especial Opará.

O evento teve início com a peça de teatro Notícias do Dilúvio – Um canto a Canudos, da Companhia Biruta de Teatro de Petrolina. O espetáculo narra o massacre de Canudos e a história de resistência do seu povo. Estudantes do ensino médio acompanharam atentos a cada ato apresentado e, no final, aplaudiram de pé. 

Três mesas de conversa também compuseram as atividades. A mesa O cinema e a convivência com os territórios brasileiros contou com a participação do representante da Fiocruz, Guilherme Franco Netto. Foram realizadas ainda as mesas Agroecologia e interculturalidades: denúncias, anúncios e celebrações dos territórios a partir do cinema e Territórios insurgentes na construção do bem viver e do audiovisual, que reuniram cineastas, pesquisadores, agricultores e representantes de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais.

A programação do FICAECO também ofereceu a Oficina de Celumetragem, ministrada por Kleber Henrique da Silva e Micaele Simplício, dos Xukuru, além das exposições Sonhadário Urbano: Imaginar Cidades no Cerrado e Viver Natureza, do artista Ygas Eloy.

Imprimir
WhatsApp
Copy link
URL has been copied successfully!