29/11/2024
Como evitar compras desnecessárias na Black Friday
Reproduzimos, a seguir, seis orientações apresentadas pela reportagem gerada pela BBC News Brasil.
A psicóloga Tatiana Filomensky diz que, em datas como a Black Friday, pessoas são impactadas involuntariamente pelas promoções, mesmo que não busquem por elas.
“Nós seres humanos temos uma sensação de pertencimento. Se não fizermos algo que todos estão fazendo, nos sentimos excluídos”, afirma a especialista.
“Então, fazemos de tudo para participar também. Isso cria um estímulo generalizado ao consumo.”
A psicóloga afirmou que, em ocasiões assim, mesmo quem não é comprador compulsivo pode acabar adquirindo, por impulso, produtos ou serviços desnecessários.
Ela dá algumas dicas para quem quer fazer compras de maneira mais consciente e evitar gastar mais do que deveria.
Filomensky explica que mapear os desejos de compras ajuda a “não se perder mentalmente” em meio a tantas ofertas.
Isso é especialmente válido nas lojas digitais, que costumam apresentar aos consumidores sugestões de outros produtos além do que o levou até um site.
“Você clica para ver o fone que queria e é sugerido a comprar um celular, e isso leva ao descontrole”.
Antes de ir às compras, uma pessoa deve entender quais são suas possibilidades financeiras, diz a psicóloga.
É uma forma de evitar que compras, por mais baratas que sejam, se tornem um problema futuro.
“A pessoa tem que pensar: ‘Posso comprar? Quanto posso gastar? Se for pagar parcelado, será em quantas vezes? Isso vai afetar meu orçamento a longo prazo?’.”
Filomensky diz que, antes de fazer uma compra, é bom refletir para ter certeza de que é uma boa opção.
“Sempre que for comprar algo, coloque no carrinho e se permita pensar”, afirma.
É comum encontrar em sites de compras cronômetros que indicam que a oferta vai expirar logo ou que muitas pessoas estão vendo o mesmo produto.
“Esses são estímulos para você comprar sem refletir. Fazer uma pausa antes de concluir a compra é essencial para evitar ser pressionado.”
A psicóloga afirma que, principalmente nos casos de compradores compulsivos, o ideal é não fazer compras sozinho.
Ela afirma que muitas pessoas evitam fazer compras com pessoas próximas, porque sabem que provavelmente vão receber críticas.
“Divida com alguém próximo o que está comprando ou pesquisando na internet. Pergunte a opinião dela sobre essa compra também.”
Filomensky recomenda que o ideal é se afastar das redes sociais em períodos como os da Black Friday.
Limitar o uso de aplicativos e desligar as notificações ajuda a evitar estímulos desnecessários de consumo.
“O Instagram é um dos piores lugares, porque há uma enxurrada de conteúdos patrocinados e direcionados a você”, diz a psicóloga.
“Isso leva a crer que você precisa daquilo, mesmo sem nunca ter visto antes.”
A especialista afirma que, ao sinal de que não vai conseguir arcar com a dívida, o ideal é não comprar.
Reduzir o limite do cartão ou tirar a possibilidade de entrar no cheque especial, por exemplo, é uma forma de controlar a si mesmo nesses momentos.
Isso confere uma margem de segurança para não comprar mais do que se pode pagar.
“As possibilidades de consumo são infinitas, mas o dinheiro não”, diz Filomensky.
“O mais importante é ter um ganho de consciência e não deixar a emoção tomar conta e usar sua razão.”
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